Sergio Barzaghi/Gazeta PressRicardo Teixeira ameaçou jornalistas que o denunciam
Nesta semana, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, recheou as páginas da revista Pauí com palavrões e insultos dirigidos à imprensa. Em longa entrevista, disse que não se importa com notícias sobre enriquecimento ilícito e debochou dos meios de comunicação, como a Rede Record, entre outros, que insistem em levar a público as denúncias que são feitas contra o dirigente: “A imprensa brasileira é muito vagabunda”, disse Teixeira.Em retaliação, o homem que está na presidência da CBF há 23 anos falou que na Copa de 2014, no Brasil, pode fazer a maldade que quiser. Ameaçou. Disse que pode, inclusive, proibir a entrada de jornalistas nos jogos, mudar partidas de horário. Tudo para prejudicar aqueles que “ousam” denunciar os esquemas em que Teixeira está envolvido.
- Eu sou o rei. Eu posso. Eu faço. Eu aconteço. Ora, isso é lamentável. Isso é voltar aos tempos da tirania. É voltar a uma ditadura que não existe. Ninguém numa democracia pode ter esse tipo de postura. A imprensa no nosso país é livre. A Record faz um grande trabalho. Eu acho que ele não pensou no absurdo que ele disse.
Além de ameaçar a imprensa que o denuncia, Teixeira também deixa claro que joga no time da Globo. Como é responsável pela marcação das partidas da seleção brasileira, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, o cartola falou que obedece ao desejos da emissora para não arrumar confusão com sua parceira.
- Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional.
- Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito na Globo.Apesar de todas as denúncias, Ricardo Teixeira parece não se importar com nada. Vai contra as previsões e continua no poder mesmo depois de ver seu nome envolvido em notícias de corrupção, suborno e enriquecimento ilícito. Recentemente, foi acusado de ter vendido seu voto para escolher o Qatar como sede da Copa de 2022. Apesar de ostentar um estilo de vida digno de um rei, ganha apenas R$ 70 mil mensais para presidir a CBF.Segundo o jornalista Juca Kfouri, os vencimentos como presidente da entidade não são os responsáveis pelo império mobiliário que o cartola montou ao longo dos anos.
- Ricardo Teixeira tem um salário de cerca de R$ 70 mil, R$ 80 mil como presidente da CBF. Mas o estilo de vida dele é de muito mais do que isso.
Do R7
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